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ApresentAção

Updated: Feb 25, 2022




O que inspira é a liberdade e a coragem, em cada Um, de pensar diferentemente de si mesmo.


Todos têm uma tendência adaptativa de se conformar ao modismo cultural e às patrulhas externas - e mais ainda às internas - que acabam por abortar muitas possibilidades.

O esforço em nossas atividades é o de criar brechas, mesmo que aparentemente pequenas - visto que vivemos num mundo de forças recalcantes tão poderoso - apostando na Outra força. Aquela que a despeito da mediocridade demasiadamente humana pode reativar nossa potência política, teórica, afetiva, corporal, enfim: a força pulsional, por acreditarmos ser a única fonte de verdadeira existência.


Ampliar as questões que envolvem a clínica psicanalítica, retomando sem medo a pergunta que nos foi apresentada por Jacques Lacan: “O que é a Psicanálise?", como forma de mantê-la viva, nos leva inevitavelmente a fazer uma micropolítica sobre a cultura que estamos imersos pois, afinal, não há psicanálise apartada do mundo ou da vida.

A ética da psicanálise é também uma clínica e uma política, caso contrário não é psicanálise.


Desenvolver estudos que habilitem profissionais a intervir na direção de uma cura para além das quatro paredes de seus consultórios, visando atingir então, uma clínica maior, uma Clínica Geral é condição ética.


A realização de grupos de estudos, seminários, cursos, palestras, leituras de filmes, cursos e outras atividades com pensadores da psicanálise, mas também o encontro com criadores de outras áreas de atuação, como a filosofia e a arte, visam desenvolver a principal característica humana: a capacidade de pensar. Atividade sem a qual não é possível existir de fato, e que se vê tão reduzida em nosso tempo à mera repetição de comportamentos herdados por seres capturados.


Propomos um debate no sentido de analisar e criar novas formas eficazes de intervenção social, na direção de uma diminuição do mal estar que a civilização gera e mantém.

O investimento é em novas associações e formas de cooperação, na potência do homem comum - potência que para disponibilizar-se exige exercício e um percurso de aprendizado para se chegar ao mais originário. Esse percurso é o que propomos fazer juntos.


O alvo é o da Pulsão, potência clínica, ética e política. Potencia vital.


É a luta contra as formas de assujeitamento, contra a submissão da subjetividade que prevalece - mas que o rigor de um exercício digno deste fim pode, e deve, garantir.


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Gilceley Santos

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